A obra de revitalização da Rua João de Deus Carvalho, bairro Santo Antônio, em Balneário Piçarras, segue causando transtornos aos moradores e comerciantes. O serviço se arrasta há mais de um ano, e assim como inúmeras outras obras da cidade, ajuda a marcar a gestão Tiago Baltt como aquela que começa as obras e não as termina no prazo, como ocorre com o campo do Quincaludo, parque linear, portal turístico da Avenida Getúlio Vargas e diversas outras. Neste sábado (14), o Piçarras Online recebeu imagens gravadas na última quinta-feira (12).
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“Eu tava bem alterada, bem nervosa mesmo, fiquei muito irritada com o que tava acontecendo, porque não é de hoje. Essa obra ali na região do posto e até depois da escola, onde eles estão agora, não tem nem um quilômetro e meio de extensão. E essa obra já se arrasta há quase dois anos. É uma vergonha, uma obra tão pequena, numa distância tão curta, levar tudo isso de tempo pra ser concluída, e nem dá pra dizer que estão concluindo, porque tá só no areião ainda. A gente tem filho na escola e precisa passar ali todos os dias. Um dia eles trancam de um lado, outro dia do outro, e a gente nunca sabe por onde ir. Muitas vezes temos que dar a volta pela BR, é um transtorno horrível. Tudo bem, acontece, a gente até entende. Mas na quinta-feira (12), quando fui buscar meu filho, foi a gota d’água: eles fecharam os dois lados. Eu tava vindo da Penha pra Piçarras, tava trancado ali, tive que pegar um desvio, ir até a BR, pra tentar chegar pelo outro lado da escola. Quando cheguei, estava trancado também, com um cano atravessado, sem ter como passar. Eu não sei mais quanto tempo essa obra vai durar, nem o que estão fazendo. Chamei a polícia porque eles não podem interditar as duas vias — como é que a gente chega na escola? E eu nem falo só por mim, penso em todo mundo. E se algum pai tiver filho cadeirante ou com deficiência? O responsável da obra me disse que eu podia estacionar o carro e ir a pé até a escola, o que achei um desaforo. Eu disse: ‘Tu não sabe se meu filho é cadeirante, se ele tem alguma deficiência’. E como ficam os pais nessas condições? Tem que chegar de carro na escola. Eles não podem simplesmente decidir como vai ser. Eles têm que ter atenção aos horários de entrada e saída da escola. Era meio-dia, eles nem estavam trabalhando, então deveriam deixar a via liberada pra esse fluxo dos pais. Aí quando eles voltarem a trabalhar, tudo bem, interdita. As crianças já entraram, os pais já foram embora. E às 17h, que é o horário de saída, libera de novo. Então tá bem complicada a situação ali. Vou fazer um boletim de ocorrência contra eles e ainda vou fazer uma notificação pra Prefeitura”, disse a moradora ao Piçarras Online. No vídeo abaixo é possível conferir a continuidade do desabafo.
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